Notícia
Fabricio Mazocco
- Publicado em
05-12-2025
13:00
Pesquisa da UFSCar aponta estrangeirização do mercado agrícola no Brasil
No Brasil, há significativa concentração fundiária entre grandes multinacionais do agronegócio e investidores institucionais estrangeiros. Esse é um dos resultados apontados pelo artigo "The Financialization of Agriculture in Brazil: Land Concentration and Foreignization", publicado na revista Rural Sociology, de autoria de Wilton Vicente Gonçalves da Cruz, doutorando em Engenharia de Produção, e Mário Sacomano Neto, docente do Departamento de Engenharia de produção (DEP), ambos da UFSCar.
A pesquisa, que resultou no artigo, investigou como a financeirização afeta o mercado agrícola brasileiro, com foco na concentração de e na estrangeirização de terras. "O conceito de financeirização é multifacetado. Nesse estudo, nós abordamos esse fenômeno a partir do aumento do poder de grandes atores financeiros sobre a posse e a exploração da terra no Brasil", explicou Cruz.
Os dados para o estudo foram coletados em 2024 e o estudo concluído em 2025, utilizando a base Land Matrix e demais estudos previamente publicados.
Os resultados apontam significativa concentração fundiária no Brasil entre grandes multinacionais do agronegócio e investidores institucionais estrangeiros. Uma parcela significativa dos fluxos de investimento em transações de aquisição de terras brasileiras foi de origem estrangeira. Grandes multinacionais do agronegócio e grandes gestoras de ativos financeiros ocuparam posições estruturais de destaque na rede de transações envolvendo grandes terras brasileiras.
"A financeirização no setor agrícola brasileiro pode levar a práticas de gestão que maximizam os interesses das empresas e do mercado financeiro, aumentando o controle desses atores sobre esse importante segmento da economia brasileira", afirmou o doutorando, complementando que a pesquisa foi desenvolvida a partir de uma amostra. Entretanto, o volume de terras negociadas permite afirmar a ampliação desse movimento de estrangeirização da terra no Brasil.
"O mercado financeiro é um canal de financiamento para o desenvolvimento agrícola e econômico no Brasil. Entretanto, esse aumento do poder econômico dos atores financeiros e da dependência do mercado agrícola em relação ao setor financeiro pode acarretar consequência nocivas à importância do agronegócio para a economia e para a sociedade brasileira", finalizou.
O artigo completo pode ser acessado aqui.
A pesquisa, que resultou no artigo, investigou como a financeirização afeta o mercado agrícola brasileiro, com foco na concentração de e na estrangeirização de terras. "O conceito de financeirização é multifacetado. Nesse estudo, nós abordamos esse fenômeno a partir do aumento do poder de grandes atores financeiros sobre a posse e a exploração da terra no Brasil", explicou Cruz.
Os dados para o estudo foram coletados em 2024 e o estudo concluído em 2025, utilizando a base Land Matrix e demais estudos previamente publicados.
Os resultados apontam significativa concentração fundiária no Brasil entre grandes multinacionais do agronegócio e investidores institucionais estrangeiros. Uma parcela significativa dos fluxos de investimento em transações de aquisição de terras brasileiras foi de origem estrangeira. Grandes multinacionais do agronegócio e grandes gestoras de ativos financeiros ocuparam posições estruturais de destaque na rede de transações envolvendo grandes terras brasileiras.
"A financeirização no setor agrícola brasileiro pode levar a práticas de gestão que maximizam os interesses das empresas e do mercado financeiro, aumentando o controle desses atores sobre esse importante segmento da economia brasileira", afirmou o doutorando, complementando que a pesquisa foi desenvolvida a partir de uma amostra. Entretanto, o volume de terras negociadas permite afirmar a ampliação desse movimento de estrangeirização da terra no Brasil.
"O mercado financeiro é um canal de financiamento para o desenvolvimento agrícola e econômico no Brasil. Entretanto, esse aumento do poder econômico dos atores financeiros e da dependência do mercado agrícola em relação ao setor financeiro pode acarretar consequência nocivas à importância do agronegócio para a economia e para a sociedade brasileira", finalizou.
O artigo completo pode ser acessado aqui.