Notícia
Gisele Bicaletto
- Publicado em
15-12-2025
13:00
HU realiza I Jornada sobre Saúde Mental
Entre os dias 3 e 5 de dezembro, o Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar) realizou a I Jornada do Cuidado do Usuário em Saúde Mental "Discutindo as práticas na Rede de Atenção Psicossocial", voltado à atualização profissional, troca de experiências e fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A programação incluiu mesa-redonda, oficina, minicurso e palestras com equipes multidisciplinares discutindo os desafios da assistência em Saúde Mental, o aprimoramento da gestão e as estratégias necessárias para uma intervenção cada vez mais humanizada e resolutiva no sistema público.
No primeiro dia, as discussões foram baseadas na perspectiva do ensino e os desafios da formação profissional na áreal. A mesa foi formada pela docente Juliana Prado, do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar e coordenadora da Residência Médica em Psiquiatria do Hospital; Alana Fornereto, professora do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar e coordenadora do programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental da UFSCar; e Samuel dos Santos, chefe da Unidade de Gestão de Pós-Graduação do HU.
"Ao longo dos anos, temos percebido que muitos estudantes chegam apreensivos ao saber que vivenciarão um período de estágio na Unidade de Saúde Mental do HU-UFSCar. Mas algo especial acontece nesse percurso: após experimentarem o cotidiano do serviço, conhecerem as pessoas, as histórias e a potência do cuidado em Saúde Mental, a insegurança dá lugar ao encanto. Não raramente, são justamente esses alunos que escolhem voltar à Unidade para seus estágios eletivos - agora com olhar renovado, mais seguros e profundamente tocados pela experiência", declarou Samuel.
Na parte da tarde, houve oficina prática sobre o cuidado em Saúde Mental nos diferentes cenários intra-hospitalares, com análises de casos conduzidas por psicólogos e terapeuta ocupacional do HU-UFSCar. Em seguida, foi ofertado um minicurso sobre como tratar o paciente agitado.
No segundo dia da Jornada, foi discutida a Saúde Mental da criança e do adolescente, conduzida por médicos da Pediatria e Psiquiatria que atendem essas demandas. Os dados apresentados mostram um cenário peculiar para essa geração. "Cada vez mais lidamos em nossa prática diária com o manejo de condições envolvendo a Saúde Mental da Infância e Adolescência, especialmente as situações de crise. Ter a oportunidade de falar sobre este tema no evento para profissionais de diferentes áreas foi gratificante e importante para encararmos com maior familiaridade possíveis situações emergenciais", declara João Victor Gonçalves, psiquiatra e líder médico da Unidade de Saúde Mental do HU.
Nesse mesmo dia, houve um debate sobre o histórico da luta antimanicomial e a existência de leitos em hospitais gerais. A psicóloga Lara Cobuci conduziu a palestra, seguida por depoimentos de pacientes da Unidade de Saúde Mental do Hospital. Também foi realizada a exposição "Vozes emergentes", com curadoria de Cobuci, que reuniu trabalhos desenvolvidos pelos internos da Saúde Mental do HU. A programação do segundo dia seguiu com palestras sobre "Suicídio e Antropologia das emoções" e "Suicídio na infância e adolescência".
No último dia, foi apresentada a palestra com o professor Leon Lobo, referência em Saúde Mental, que destacou a importância de uma rede articulada e sensível às realidades sociais dos pacientes. Segundo ele, "a atenção psicossocial só acontece de forma efetiva quando o cuidado ultrapassa a técnica e se compromete com a história, o território e o vínculo". A programação também incluiu um debate sobre os desafios da Rede de Atenção Psicossocial, com a participação de Marília de Moraes Fuzaro, diretora do Núcleo de Organização de Redes da DRS III, e Carmende Oliveira Pereira, chefe de Apoio à Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos.
Além de debates teóricos e estudo de casos, a Jornada reforçou a necessidade de ações contínuas, com equipes integradas entre Atenção Básica, serviços especializados, CAPS e hospitais gerais, construindo um atendimento que olhe para o sujeito em sua integralidade, e não apenas para o sintoma. "A idealização de toda programação desta Jornada foi feita pela equipe da nossa Unidade de Saúde Mental, com o intuito de promover um espaço de reflexão e atualização sobre o cuidado ao paciente em Saúde Mental, que não está restrito à enfermaria de Psiquiatria ou aos CAPS. Tivemos a participação de colaboradores do HU e da comunidade acadêmica e profissionais da área de Saúde Mental do município. Estamos muito satisfeitos com os resultados. As discussões foram riquíssimas e acredito que tenham contribuído para a maior integração dos serviços e para o aprimoramento do cuidado ao paciente", avalia Daniela Olenski, chefe do Setor de Cuidados Especializados e coordenadora do grupo organizador do evento.
A Jornada foi aberta ao público e teve a participação de estudantes, residentes e profissionais da área. "No primeiro dia, durante a abertura, comentei sobre o histórico de atenção à Saúde Mental na nossa região e porque o HU-UFSCar se tornou referência nesse atendimento. Aqui realizamos práticas humanizadas que já fazem parte da rotina hospitalar, como o uso de espaços terapêuticos, a promoção do cuidado ampliado e o acolhimento de pacientes em sofrimento mental dentro das unidades. Então, eventos como esses, nos ajudam a melhorar e desenvolver cada vez melhor nossas práticas de atenção à saúde", disse a gerente de Atenção à Saúde do HU-UFSCar, Valéria Gabassa, durante encerramento da Jornada.
Com essa iniciativa, o HU-UFSCar reafirma seu compromisso com a formação permanente de profissionais e com o fortalecimento de um sistema público de saúde mais humano, acolhedor e eficiente.
No primeiro dia, as discussões foram baseadas na perspectiva do ensino e os desafios da formação profissional na áreal. A mesa foi formada pela docente Juliana Prado, do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar e coordenadora da Residência Médica em Psiquiatria do Hospital; Alana Fornereto, professora do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar e coordenadora do programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental da UFSCar; e Samuel dos Santos, chefe da Unidade de Gestão de Pós-Graduação do HU.
"Ao longo dos anos, temos percebido que muitos estudantes chegam apreensivos ao saber que vivenciarão um período de estágio na Unidade de Saúde Mental do HU-UFSCar. Mas algo especial acontece nesse percurso: após experimentarem o cotidiano do serviço, conhecerem as pessoas, as histórias e a potência do cuidado em Saúde Mental, a insegurança dá lugar ao encanto. Não raramente, são justamente esses alunos que escolhem voltar à Unidade para seus estágios eletivos - agora com olhar renovado, mais seguros e profundamente tocados pela experiência", declarou Samuel.
Na parte da tarde, houve oficina prática sobre o cuidado em Saúde Mental nos diferentes cenários intra-hospitalares, com análises de casos conduzidas por psicólogos e terapeuta ocupacional do HU-UFSCar. Em seguida, foi ofertado um minicurso sobre como tratar o paciente agitado.
No segundo dia da Jornada, foi discutida a Saúde Mental da criança e do adolescente, conduzida por médicos da Pediatria e Psiquiatria que atendem essas demandas. Os dados apresentados mostram um cenário peculiar para essa geração. "Cada vez mais lidamos em nossa prática diária com o manejo de condições envolvendo a Saúde Mental da Infância e Adolescência, especialmente as situações de crise. Ter a oportunidade de falar sobre este tema no evento para profissionais de diferentes áreas foi gratificante e importante para encararmos com maior familiaridade possíveis situações emergenciais", declara João Victor Gonçalves, psiquiatra e líder médico da Unidade de Saúde Mental do HU.
Nesse mesmo dia, houve um debate sobre o histórico da luta antimanicomial e a existência de leitos em hospitais gerais. A psicóloga Lara Cobuci conduziu a palestra, seguida por depoimentos de pacientes da Unidade de Saúde Mental do Hospital. Também foi realizada a exposição "Vozes emergentes", com curadoria de Cobuci, que reuniu trabalhos desenvolvidos pelos internos da Saúde Mental do HU. A programação do segundo dia seguiu com palestras sobre "Suicídio e Antropologia das emoções" e "Suicídio na infância e adolescência".
No último dia, foi apresentada a palestra com o professor Leon Lobo, referência em Saúde Mental, que destacou a importância de uma rede articulada e sensível às realidades sociais dos pacientes. Segundo ele, "a atenção psicossocial só acontece de forma efetiva quando o cuidado ultrapassa a técnica e se compromete com a história, o território e o vínculo". A programação também incluiu um debate sobre os desafios da Rede de Atenção Psicossocial, com a participação de Marília de Moraes Fuzaro, diretora do Núcleo de Organização de Redes da DRS III, e Carmende Oliveira Pereira, chefe de Apoio à Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos.
Além de debates teóricos e estudo de casos, a Jornada reforçou a necessidade de ações contínuas, com equipes integradas entre Atenção Básica, serviços especializados, CAPS e hospitais gerais, construindo um atendimento que olhe para o sujeito em sua integralidade, e não apenas para o sintoma. "A idealização de toda programação desta Jornada foi feita pela equipe da nossa Unidade de Saúde Mental, com o intuito de promover um espaço de reflexão e atualização sobre o cuidado ao paciente em Saúde Mental, que não está restrito à enfermaria de Psiquiatria ou aos CAPS. Tivemos a participação de colaboradores do HU e da comunidade acadêmica e profissionais da área de Saúde Mental do município. Estamos muito satisfeitos com os resultados. As discussões foram riquíssimas e acredito que tenham contribuído para a maior integração dos serviços e para o aprimoramento do cuidado ao paciente", avalia Daniela Olenski, chefe do Setor de Cuidados Especializados e coordenadora do grupo organizador do evento.
A Jornada foi aberta ao público e teve a participação de estudantes, residentes e profissionais da área. "No primeiro dia, durante a abertura, comentei sobre o histórico de atenção à Saúde Mental na nossa região e porque o HU-UFSCar se tornou referência nesse atendimento. Aqui realizamos práticas humanizadas que já fazem parte da rotina hospitalar, como o uso de espaços terapêuticos, a promoção do cuidado ampliado e o acolhimento de pacientes em sofrimento mental dentro das unidades. Então, eventos como esses, nos ajudam a melhorar e desenvolver cada vez melhor nossas práticas de atenção à saúde", disse a gerente de Atenção à Saúde do HU-UFSCar, Valéria Gabassa, durante encerramento da Jornada.
Com essa iniciativa, o HU-UFSCar reafirma seu compromisso com a formação permanente de profissionais e com o fortalecimento de um sistema público de saúde mais humano, acolhedor e eficiente.